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O perfeccionismo e suas consequências na vida dos universitários


Universitários em todo o mundo precisam lidar com os desafios e estresses presentes no âmbito acadêmico. O modo como cada pessoa lida com os estudos e as avaliações difere a depender das condições ambientais da faculdade em que se está inserido, mas também depende de fatores individuais específicos, sendo um deles o perfeccionismo. Podemos falar em perfeccionismo como um traço de personalidade multidimensional, em que há a tendência em estabelecer altos padrões de desempenho. Tal traço pode ser observado a partir de duas dimensões mais gerais: esforços perfeccionistas e preocupações perfeccionistas. O estudante que apresenta elevados níveis de esforços perfeccionista tende a fixar metas elevadas para si baseado em sua própria exigência, e se vê, na maioria das vezes, como capaz de alcançar essas metas. Já na preocupação perfeccionista, o estudante também estabelece metas elevadas para si, porém, há uma tendência em duvidar da própria capacidade em atingi-las, uma vez que parecem acreditar que as outras pessoas esperam perfeição deles, preocupando-se com possíveis críticas e falhas. Por conta disso, estudantes com elevados níveis de esforços perfeccionistas tendem a serem mais meticulosos com os estudos, terem uma melhor autoestima e maior satisfação com a vida, assim como menor preocupação com as expectativas dos outros. Por outro lado, pessoas com elevados níveis de preocupações perfeccionistas tendem a apresentar afetos negativos, problemas psicológicos (ansiedade, estresse crônico, depressão), além de comportamentos de procrastinação por medo de fracassar em suas metas e não corresponder a uma exigência perfeccionista que elas acreditam que as outras pessoas tenham. Estudar o perfeccionismo e suas diferentes dimensões é importante para cuidarmos da saúde das pessoas que se preocupam de forma perfeccionista, compreendendo a ligação entre este traço e problemas psicológicos em universitários, bem como problemas ligados a rendimento nos estudos.


Por: Bruna Filliettaz Rios

Mestranda pela FFCLRP-USP

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