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Como proteger nosso cérebro do envelhecimento?


O envelhecimento populacional é uma realidade que vem sendo observada em vários países. No Brasil, o envelhecimento da população também ocorre de forma acelerada. É consenso entre os estudiosos da área que o envelhecimento promove uma série de declínios na cognição e que os prejuízos em algumas funções cognitivas são esperados com o avanço da idade, até mesmo no processo de envelhecimento normal. Portanto, esse declínio sutil que ocorre à medida que envelhecemos faz parte do processo de envelhecimento normal. No entanto, os declínios cognitivos que ocorrem de forma brusca e progressiva podem ser indicativos de comprometimento cognitivo leve ou de demência. Muitos adultos de meia idade e idosos se preocupam com os prejuízos cognitivos, principalmente, porque tais prejuízos podem comprometer sua autonomia e levá-los a depender do cuidado de terceiros. Mas, você sabia que existem vários fatores de estilo de vida podem reduzir os declínios cognitivos e o risco de desenvolver demência? Os estudos indicam que o risco de desenvolver demência pode ser minimizado pela prática de exercícios físicos, por uma dieta saudável e maior socialização. Além disso, há um conjunto evidências que indicam que medidas comportamentais de reserva cerebral como, por exemplo, maior escolaridade, ocupação e envolvimento com atividades mentalmente estimulantes reduz os declínios cognitivos e o risco de desenvolver demência. Dessa forma, o ideal é que as pessoas comecem a se preparar para envelhecer desde mais jovens. No entanto, mesmo depois dos 70 anos, atividades como navegar na internet, jogar xadrez, ler um livro, aprender coisas novas, podem proteger o cérebro dos declínios cognitivos. Se você é jovem, idoso(a) ou tem um familiar idoso, inclua na sua rotina ou na do seu familiar, atividades cognitivas, especialmente as mais desafiadoras, como por exemplo, palavras-cruzadas e jogos que demandem estratégias. Realizar algumas adaptações em atividades que costumamos executar de forma automática também pode ser uma ótima estratégia para estimular o cérebro e ativar novas áreas. Quem é destro, por exemplo, pode se desafiar a escovar os dentes ou praticar a escrita com a mão esquerda.


Por: Bruna Luísa de Souza Pereira - Doutoranda em Psicologia Cognição e Comportamento (UFMG)

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